Fundação Mário Soares

A Fundação Mário Soares tem realizado um importante trabalho na recolecção, classificação, organização e disponibilização de um acervo sobre a história da política portuguesa, podendo ser alguma desta informação consultada on-line.

Existe, por exemplo, uma cronologia detalhada da história política nacional do Século XX, bem como os factos mais relevantes da história do PS.

Sabia quais foram as listas candidatas à Comissão Nacional do PS nos seus Congressos de 1990 e de 1992?

Mare Nostrum...

Uma das principais questões já levantadas ao ‘SIM’ no Referendo para a ratificação em Portugal do Tratado de Constituição Europeia, prende-se com a eventual perda de soberania sobre a nossa Zona Económica Exclusiva, a maior de entre os 25 Estados-Membros.

Nesta vasta discussão, que vai desde questionar a nossa capacidade de gestão da referida ZEE, até à da utilidade da compra dos submarinos de Paulo Portas, surge hoje no Público uma notícia intitulada «Portugal procura os seus limites nas profundezas do mar», que trata sobre a possibilidade de requerer às Nações Unidas o alargamento da nossa ‘Plataforma Continental’ para além das 200 milhas náuticas ZEE de Portugal:

«Após a ratificação, por parte de Portugal, da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, em 1997, foi decidido aproveitar a hipótese prevista no artigo 76 desta lei que prevê a possibilidade de os países costeiros proporem a extensão da sua plataforma continental para além das 200 milhas náuticas - a distância à costa que define os limites da zona económica exclusiva (ZEE).

Com este alargamento, os diversos Estados passam a ter direitos sobre o leito e subsolo de uma área considerada como a extensão natural do seu território, podendo assim explorar os recursos energéticos, minerais e biológicos aí existentes.

Com este objectivo em vista, Veiga Simão, então ministro da Defesa no Governo socialista, criou, em 1998, a Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental, presidida pelo director-geral do Instituto Hidrográfico, pertencente à Marinha. De lá até cá, muito trabalho de base foi feito.»

Afinal, para onde estamos a navegar?

The West Wing

The West Wing (Os Homens do Presidente) é uma das séries televisivas mais premiadas de sempre nos Estados Unidos (24 Emmys), onde passa actualmente a 6ª época.

Tendo tido o seu início em 1999, ainda com Clinton na Presidência, The West Wing ficciona os bastidores da Casa Branca do Presidente Bartlet, Democrata, cujo papel é desempenhado por Martin Sheen.

A notícia é que, de acordo com o seu produtor executivo, John Wells, é provável que na 7ª época seja «eleito» um Presidente Republicano para esta Casa Branca. Esta opção, que estava em estudo para recuperar o interesse das audiências, ganhou força com a vitória Republicana destas últimas eleições.

Segundo o jornal Público, «Wells acredita que muitos telespectadores aderiram ao programa por se sentirem decepcionados com a eleição de George W. Bush, em 2000, e por terem curiosidade em ver o que faria o presidente democrata da trama, Josiah Bartlet, desempenhado por Martin Sheen. "O que tentei incutir na administração de Bartlet foi uma presidência que tivesse um pouco daquilo que as pessoas querem que um presidente democrata seja", explicou Wells. "Não me parece que haja qualquer razão para não querer ver o mesmo em relação a um republicano", frisa, acrescentando que, de acordo com a lei norte-americana, que prevê mandatos limitados, e com o normal desenvolvimento da série, o mandato de Bartlet deverá terminar em Janeiro próximo.»

A qualidade desta série é também comprovada pelo facto de, depois dos primeiros episódios, ter sido relegada aleatoriamente para as madrugadas da TVI.

Para os interessados, recomenda-se pois The West Wing em DVD.

And the Winner is... Bush!

Segundo a CNN, quando faltam apurar os Estados de New México, Iowa e, claro, o Ohio, George W. Bush contabiliza 254 Grandes Eleitores e John Kerry 252, no que terão sido as mais participadas eleições nos Estados Unidos da sua história.

Os Estados de New México e Iowa valem 12 votos no Colégio Eleitoral e o de Ohio 20 votos, pelo que este último é determinante para alcançar os 270 votos necessários para a conquista da Casa Branca. Em todos eles George W. lidera a contagem.

Nesta altura, estão já contabilizados 58,541,730 de votos para George W. Bush contra 54,997,799 de votos para John Kerry. Ou seja, George W. leva já uma vantagem de 2,5 milhões de votos sobre o seu adversário.

O povo Norte-Americano escolheu claramente como seu Presidente George W. Bush.

John Kerry já percebeu isso concedendo a vitória ao seu adversário, não arrastando as eleições atrás de uma possibilidade (mínima) de reviravolta no Ohio.

God Bless America
God Save Us All

Directas Já!

A credibilidade das eleições nos Estados Unidos não preocupa apenas o mundo inteiro. É já um problema para os próprios cidadãos americanos.

Numa sondagem realizada pela Revista TIME acerca do confronto Bush – Kerry, apresenta alguns resultados interessantes:

28% dos eleitores mostram alguma ou muita preocupação sobre a possibilidade do seu voto não ser contabilizado adequadamente;

48% dos eleitores mostram alguma ou muita preocupação que o seu próximo Presidente não seja o vencedor legítimo das eleições;

58% dos eleitores mostram alguma ou muita preocupação sobre a possibilidade de virem a ser os tribunais a decidir as eleições presidenciais;

Conclusão: 56% dos americanos defendem uma emenda constitucional que elimine o Colégio Eleitoral a favor de um sufrágio universal directo.

The land of confusion - parte III

Faltam apenas algumas horas para se iniciar o verdadeiro dia de eleições, apesar de nalguns estados já terem começado há vários dias.

Apesar de a incerteza continuar algumas situações vão ficando mais claras. A combinação e evolução de diversas sondagens levam a análises que permitem, em principio, afirmar que Bush manterá facilmente West Virginia(5), Virginia(13) e Nevada(5), e mais dificilmente Colorado(9).

Por sua vez Kerry poderá vencer mais facilmente Minnesota(10), Michigan(17), Pennsylvania(21) e New Jersey(15) e mais dificilmente Iowa(7), Wisconsin(10) e Hawai(4).

Bush deverá conquistar New Mexico(5) aos Democratas e Kerry New Hampshire(4) a Bush.

Este resultado daria 234-218 quase seguro para Kerry e possíveis 259-232.

Tudo se resumiria então ao Ohio(20) que pende para Bush e à Florida(27) que pende para Kerry. Teriamos então 286-252.

No entanto as sondagens das últimas horas vieram lançar mais confusão. Bush reforçou possibilidades de ganhar Iowa e Wisconsin o que originaria 269-269 e consequente vitória de Bush, já não agora no colégio eleitoral.

Naturalmente que o batalhão de advogados já se prepara para as batalhas jurídicas de impugnações, reforçadas pelo facto de dezenas se não centenas de milhar de pessoas poder votar duas vezes (em estados diferentes e mesmo dentro do mesmo estado - ainda existem estados sem os cadernos informatizados) e mesmo alguns terem votado assim em eleições passadas, apesar de ser ilegal e severamente punido.

Em todos os estados referidos, e eventualmente em mais alguns, as votações finais poderão ser tão próximas (as sondagens falham no facto de serem efectuadas a residências fixas e a populaçao apenas com telemóveis, normalmente jovens, preferirem Kerry apesar de usualmente não votarem) que as batalhas jurídicas serão quase inevitáveis.

Com as possibilidades de Kerry a aumentarem é de salientar a imediata descida do barril de petróleo e naturalmente a subida das bolsas.

Esperemos que assim continue !!! O mundo inteiro agradece ...