domingo, março 19

Coisas Que Se Vai Ouvindo Por Aí...

«Seja qual fôr o desfecho da OPA sobre a PT, Belmiro de Azevedo vai, de certeza, ganhar muito dinheiro com a OPA do BCP ao BPI.»

«Com ou sem quotas, a palavra que designa o feminino do representante Parlamentar, Deputada, é manifestamente infeliz, mas infelizmente manifesta...»

Acerca das duas listas candidatas à Concelhia de Lisboa do PS, «nunca tantas pessoas erradas estiveram no local errado, na hora errada».

quarta-feira, março 15

segunda-feira, março 13

Saudades da Maria da Fonte

Aproxima-se um ciclo de intensa actividade política no interior do Partido Socialista, decorrente da realização de eleições sucessivas para os diferentes orgãos (locais, concelhios, federativos e nacionais).
Nestas alturas, os militantes são chamados para escolher os seus dirigentes e a dar o seu contributo individual, a participar.

O paradoxo deste frenesim consiste na coexistência de um espírito verdadeiramente militante, em estruturas conservadoramente desadequadas e aversas a qualquer tipo de militância verdadeira.

É claro, o problema não é exclusivo do PS.
Abrange todos os partidos políticos e muitas estruturas da dita 'sociedade civil' quando atingem uma determinada dimensão.

Como é dos livros, a mudança pode ser feita gradualmente, através de reformas, ou repentinamente, numa revolução*.
Se em democracia o poder está no voto individual, ambas as vias estão sempre em aberto.
Basta que a maioria, por exemplo, vote numa proposta revolucionária - a fusão massiva de Secções (numa lógica não muito diferente da questão das Freguesias...).

O problema é que poucos propõem reformas, e ninguém ousa apresentar ideias revolucionárias...


*O que poder-se-á entender como revolução nos dias que correm tão moderados e apaziguadores?

terça-feira, março 7

Da Microeconomia do Orçamento de Estado

O Orçamento de Estado resulta da agregação das previsões orçamentais dos milhares de Serviços da Administração Pública. Compreender esta microeconomia do Orçamento de Estado ajuda a perceber não só a rigidez da Despesa Pública como a sua falta de racionalidade.

Como dizia Sir Humphrey, a importância de cada Ministério é proporcional à quantidade de recursos que consome.

Assim, cada Serviço procura ter o máximo de recursos financeiros e humanos, independentemente de serem ou não verdadeiramente necessários, e sem qualquer incentivo à boa gestão.

Porquê?
Vejamos o exemplo de dois Serviços que desempenhem funções análogas, comparáveis.
O primeiro, através de uma boa gestão, consegue atingir os seus objectivos com os recursos que tem. O segundo fica àquem dos seus objectivos por gestão ineficiente.
O balanço comparativo entre estes dois Serviços nunca recai, contudo, nas questões de gestão.
Será mais natural concluir que o segundo Serviço não atingiu os seus objectivos por falta de recursos. E no período seguinte é provável que haja a transferência de recursos do primeiro Serviço para o segundo.

Mais concretamente: Se um Serviço conseguir poupar x% em relação ao cabimentado, o mais natural será ficar sem este diferencial no orçamento seguinte. Mas se gastar mais y%, terá grandes probabilidades de conseguir consagrar a sua derrapagem para o futuro.

Conclusão: na Administração Pública, mesmo admitindo existirem objectivos a atingir, não há qualquer incentivo à gestão racional dos recursos em geral, e do dinheiro em particular. Cada Serviço deve procurar sempre gastar o máximo possível e pedir sempre mais. Se não o fizer, corrre o risco de perder recursos para os Serviços que o façam. Há um enviesamento natural para a sobre-orçamentação.
E assim se atinge a famosa inelasticidade da Despesa Primária do Sector Público Administrativo.

Mas se no sentido ascendente da agregação da despesa pública não existe racionalidade económica, no sentido inverso também não. O Ministério das Finanças, no primeiro momento da elaboração do Orçamento de Estado, quando verifica a derrapagem (sobre-orçamentação) generalizada da Despesa, emana ordens muito racionais a todos os Ministérios: é necessário cortarem z% dos gastos.
Entra em acção a política da folha de cálculo.
Para os cortes serem postos em prática, pega-se na lista das rúbricas de despesa dos diferentes Serviços. As despesas com pessoal não podem ser tocadas. Logo, corta-se az% cegamente em todas as outras despesas para que, no total da folha de cálculo, o corte final obedeça aos z% (o coeficiente a representará o peso relativo das despesas de pessoal).
Só por mera coincidência é que o orçamento final corresponde ao orçamento necessário.

A imagem de toda esta irracionalidade verifica-se quando se aproxima o final de cada ano:
O Ministério das Finanças costuma proibir toda e qualquer aquisição a partir de determinada data, havendo Serviços que chegam a paralizar;
Até lá, os Serviços procuram gastar todo o dinheiro que lhes resta, nem que seja (como diz um amigo meu) para comprar canetas vermelhas...

sábado, março 4

Mais Sons

quinta-feira, março 2

Choques Tecnológicos

No meio do início do mês de Fevereiro entrei em contacto com a minha operadora de telemóvel com o intuito de trocar de telefone. O assunto foi diligentemente encaminhado para um agente da operadora que, após o preenchimento de alguma papelada (relativa também a ajustes tarifários e afins), tratou do assunto. "Em duas semanas entregamos-lhe o telefone. Até pode vir antes".

Segunda-feira, encomendei um DVD na amazon.uk.com.
Recebi um e-mail na terça-feira a confirmar a encomenda, prevendo a sua chegada entre 2 e 6 de Março.

O DVD chegou hoje.
O telefone...

quarta-feira, março 1

Em Plena Tertúlia

Os visitantes habituais do Martinho d'Arcada já devem ter reparado na fotografia da barra de apresentação do blog.

Trata-se de Fernando Pessoa no Martinho d'Arcada, acompanhado dos escritores Raul Leal, António Botto e Augusto Ferreira Gomes.