terça-feira, janeiro 17

Teoria da conspiração ? (parte 2)

Fiquei sinceramente abismado com o poder da blogosfera. Quando escrevi o post anterior fi-lo para alguns amigos mas, pelo que vejo, as palavras voam na blogosfera.

Não sendo nenhum expert no campo das sondagens, a não ser por algumas cadeiras universitárias que cursei, não pretendi nem pretendo pôr em causa o labor dos profissionais do sector, se bem que parece que o meu post anterior teve esse efeito por algumas reacções.

Vamos então ao que interessa. A minha análise teve por base, se isso foi erro, a página da Marktest no que diz respeito aos gráficos apresentados, que vi com estes que a terra há-de comer.

Depois das reacções ao post reformulei os meus cálculos para apresentarem os valores da amostra, tal qual vem nas fichas de resultados e não nos gráficos, algo que creio só mais recentemente ficou disponível.

Devo referir de que se mantêm as minhas dúvidas.

Composição etária




















A tendência mantem-se. Dirão que apresentados estão os dados de várias subamostras repetidos, por no dia 10, 11 e 12 voltar a estar incluido o dia 9, dado ser uma tracking pool. Têm razão. No entanto, são assim que são reflectidos nos media e com chamadas a primeira página com as variações diárias, com as inevitáveis influências de voto.

Vejamos então as amostras até dia 9, de 10 a 13 e de 14 a 17, forma utilizada por Pedro Magalhães na sua pool of the pools.



Variações não significativas ? Talvez, mas que as há, há.

Não vi, no entanto, ninguém contestar os 35.4% que o INE atribui em 2001 ao escalão +54 (quando no universo dos indivíduos com 20 e mais anos). É assim esta subamostra representativa ?

Vejamos a situação das classes sociais.






São estas variações normais ?

No que diz respeito às intenções de voto legislativo a pertinência mantem-se.









Não esquecer que estão de fora as regiões autónomas que aplificam, como de costume, a diferença PSD-PS.

Saliento que apesar de continuar surpreso aplaudo estas tracking pool e os media que as encomendaram pois, em teoria, representariam melhor o sentido de voto.

Agradeço ainda a transparência da Marktest já que sem isso estas reflexões não eram possíveis.

Obrigado Marktest. Quanto à forma como o DN as tem apresentado a mesma deixa muito a desejar, pois se há quem compreenda o que está em causa outros há que ficam a pensar que há sondagens novas todos os dias...

Nota - o último quadro foi corrigido