segunda-feira, março 28

Onda Rosa na América Latina


Num artigo do jornal «Público» deste fim-de-semana intitulado «A América Latina vira à esquerda, mas sem negar o capitalismo», é chamada a atenção para o facto de uma onda rosa ter invadido o continente sul-americano.

«Os últimos anos viram a ascensão de governos de esquerda na Venezuela, com Hugo Chávez Frías (1998), no Chile, com o socialista Ricardo Lagos (2000), no Equador, com Lucio Gutiérrez (2003), no Brasil, com Luiz Inácio Lula da Silva (2003), na Argentina, com Nestor Kirchner (2003), no Panamá, com Martín Torrijos (2004). Na Bolívia, Carlos Mesa é considerado pelos especialistas um líder progressista, tal como, no Paraguai, Nicanor Duarte. Na Nicarágua, o antigo Presidente sandinista tem condições para ganhar as eleições de 2006 e regressar ao lugar. No Daniel OrtegaMéxico, o favorito para o escrutínio também do próximo ano é o presidente, de esquerda, da câmara da capital, López Labrador.
A destoar da vaga de fundo "rosa" - a esmagadora maioria são socialistas - está só o colombiano Alvaro Uribe, o maior aliado dos Estados Unidos ali.»

Porém, é feita a devida ressalva programática:

«O aparecimento de uma série de governos de esquerda na região é, no entanto, menos o resultado de propostas inovadoras do que do descontentamento com os maus resultados do modelo liberal, afirmam alguns analistas, incluindo o chileno Patrício Navia, professor na Universidade de Nova Iorque. Os partidos tradicionais mostraram ser capazes apenas de aplicar as leis do mercado, não de gerir as suas consequências; privatizaram sectores essenciais, privatizaram a saúde, a educação, as pensões...
As suas preocupações, o seu programa, são sociais. Às vezes incendiários. Mas não estão contra a economia de mercado nem pensam romper com o Fundo Monetário Internacional. Criticam a política externa dos Estados Unidos. Mas nenhum alinhou em qualquer cruzada antiamericana, por exemplo por causa da guerra do Iraque.»

Será interessante continuar a acompanhar os resultados da experiência desta esquerda reformista na América Latina.

segunda-feira, março 21

A não perder



Joel Xavier & Ron Carter in New York
Gravado NYC 2004
Músicos: Joel Xavier, guitarra e Ron Carter, contrabaixo

sexta-feira, março 18

Força, força, companheiro Mário

Sempre quero ver se propões um programa sombra. Ehehehehehehe ):

segunda-feira, março 14

Carta Aberta ao Camarada Jorge Coelho

Caro Camarada Jorge Coelho,

No seguimento da confiança que a Direcção do PS depositou em si para coordenar a Comissão Permanente do PS, leio declarações suas sobre a utilidade deste órgão, nomeadamente no sentido de haver «uma preocupação no sentido de que o PS tenha condições para estar permanentemente mobilizado e motivado, mantendo-se com grande dinamismo e com grande actividade».

Suponho que a Direcção do PS em geral, e o camarada Jorge Coelho em particular, estão dispostos pois a aprender com o sucedido durante os Governos de António Guterres, em que o Partido foi sendo progressivamente ignorado por uma Direcção partidária completamente e obsessivamente mergulhada na gestão mediática da acção governativa.

Por outro lado, atendendo que hoje não é politicamente correcto formar um Governo exclusivamente com membros do Partido vencedor das eleições, mesmo que com maioria absoluta, é natural que muitos Socialistas se «desmobilizem» e se «desmotivem» no que pode ser sempre mal-entendido como um atestado de incompetência técnica aos militantes do PS, passado pelo 1º Ministro ao seu próprio partido.

A tarefa de conseguir um PS «permanentemente mobilizado e motivado, mantendo-se com grande dinamismo e com grande actividade» parece bastante difícil, mas é a minha convicção que o camarada Jorge Coelho será a pessoa ideal para desempenhar esta tarefa, principalmente pela confiança que todos os socialistas em si depositam.

É neste contexto, e agora que o XVII Governo Constitucional está já devidamente escolhido e empossado, que venho apresentar-lhe uma proposta concreta para a dinamização do Partido: a criação, pela Comissão Permanente do PS, de uma equipa tipo 'Governo-Sombra'.

Talvez o termo 'Governo-Sombra' não seja o mais adequado.
Chamemos-lhe outra coisa: Governo-Espelho, Grupo de Apoio ao Governo, Grupo de Trabalho das Novas Fronteiras, etc. É uma questão de semântica.
(Gabinete de Estudos é que não deverá ser, pela falta de credibilidade. Você sabe que eu sei que você sabe do que estamos a falar…)

O objectivo é o de assegurar, organizadamente, uma ligação técnica formal entre o PS e os Membros do Governo de José Sócrates. Um conjunto de pessoas que, para cada Membro do Governo ou área governativa, assegurem dentro do Partido a necessária troca de informação, nomeadamente para o acompanhamento da execução do Programa do Governo (as denominadas «Bases Programáticas»).

Não se trata de organizar os «Jobs for the Boys», embora muitos temam voltar a ver «comissários políticos» do anterior Governo a serem reconduzidos ou promovidos pelo novo Governo de Sócrates, apesar de terem primado pela incompetência técnica no desempenho das suas funções, ou mesmo pela discriminação politíca exercida sobre os seus funcionários.

Por exemplo, tendo tido a oportunidade de apresentar uma contribuição para as «Novas Fronteiras» que, genericamente, parece ser compatível com o texto das «Bases Programáticas», a quem me devo dirigir para saber qual a exequibilidade das propostas concretas que apresentei, ou que contributos posso dar na minha área?

Ou como conseguir o adequado esclarecimento do PS, ou seja, dos seus militantes, perante situações ou decisões políticas mais polémicas, sem ter de organizar massivas sessões de esclarecimento?
(Às quais os Membros do Governo independentes, tradicionalmente, não sentem qualquer obrigação em comparecer?).

A implementação desta proposta não será particularmente difícil.
Esta equipa poderia funcionar a partir do website do PS, onde estaria a indicação dos respectivos endereços electrónicos para a colocação das questões e propostas aos Membros do Governo. Seria contudo necessário assegurar a colaboração dos vários Gabinetes do Governo com esta equipa.

A existência de uma capacidade de comunicação interna do PS com os seus militantes permitirá criar no Partido as «condições para estar permanentemente mobilizado e motivado, mantendo-se com grande dinamismo e com grande actividade».

Por outro lado, o camarada Jorge Coelho concordará concerteza que a transparência da acção governativa perante portugueses passa pelo natural acompanhamento da acção governativa pelos militantes do Partido político em quem os portugueses depositaram a responsabilidade de governar.


Cordiais Saudações Socialistas,



terça-feira, março 8

Fim de semana político – derrota 0-3 (3 autogolos)

Após a apresentação do plantel para a próxima temporada tivemos uma estreia à Sporting – jogam bem mas não ganham.

O problema deveu-se sobretudo, segundo a imprensa que faz parte do sistema, ao desastre na defesa.

Jogada brilhante pela ala direita de Campos e Cunha, novo reforço, apelando à contenção das despesas e, quando parecia que ia marcar golo, deixa a imprensa desviar a bola de uma forma quase infantil marcando um autogolo. O barulho do estádio abafa o “possivelmente” e apenas se ouve o “é inevitável aumentar impostos”.

Ainda não recomposta a equipa é abalada por outro autogolo. Requesitado aos anteriores rivais, o veterano Freitas do Amaral dispara “só aceitei depois de conhecer a equipa”, pensando que iria ser relevado o facto da equipa ser boa e não o de ele próprio, qual teenager destas andanças, andar a mostrar-se para tentar mudar de clube.

Passado este fôlego inicial apenas faltava a cereja em cima do bolo. O quase contratado António Vitorino, que ainda se fala em ir para a Liga dos campeões da ONU ou concorrer apenas à Taça de Portugal, desbaratou toda a sua experiência, ou talvez não, ao referir que tinha sido convidado mas não aceitou por não ter gostado do estilo ou estratégia de jogo da equipa quando por aqui passou antes de se lesionar e ter sido transferido para Bruxelas.

Faltará com certeza algum traquejo para conviver com esta arbitragem (imprensa) que tem puxado para outro estilo de jogo e que conta com muitos simpatizantes de equipas contrárias.

Terá o treinador que ensaiar mais jogadas estudadas e recomendar muito trabalho de ginásio, apesar de com jogos a meio da semana não haver muito tempo para treinos.

Esperamos todos que não passem a ficar resignados como o Dias da Cunha:

É o sistema ...